O Teatro Paiol teve, no último Paiol Digital de 2024, nesta terça-feira (3/12), uma noite de celebração da “Tríplice Coroa” de Curitiba que, em menos de um ano, conquistou três principais prêmios internacionais de smart city (cidade inteligente). Curitiba é escolhida por empresa da Embraer para testar delivery por drone Pinhão Hub reforça o bairro […]
O Teatro Paiol teve, no último Paiol Digital de 2024, nesta terça-feira (3/12), uma noite de celebração da “Tríplice Coroa” de Curitiba que, em menos de um ano, conquistou três principais prêmios internacionais de smart city (cidade inteligente).
Curitiba é escolhida por empresa da Embraer para testar delivery por drone
Pinhão Hub reforça o bairro Rebouças como coração do Vale do Pinhão de Curitiba
O prefeito Rafael Greca, um dos palestrantes convidados, apresentou à plateia o princípio de duas gestões à frente do município, nos últimos oito anos, o da “inovação para a transformação social”.
Recebido ao som do Hino de Curitiba, executado pela atração musical da noite, o CWB Bross Quinteto, o prefeito contou como contribuiu para fazer uma prefeitura que estava no vermelho avançar para a cidade mais inteligente do mundo e capital brasileira mais igualitária, com melhor qualidade ambiental e melhor serviço público.
“Curitiba ganhou estes prêmios baseada numa ideia nascida na nossa campanha eleitoral de 2016, de que a inovação só vale quando se transforma em processo social. E o que é um processo social? É aquilo que é acessível à maioria das pessoas, senão todas. Vimos que a cidade precisava criar um nicho de inovação. Voltando à Prefeitura 30 anos depois da minha primeira gestão, eu tinha de dar àqueles curitibinhas, que tinham crescido e se tornado startups-unicórnio, um horizonte de protagonismo”, destacou Greca.
Ele lembrou diversas ações da Prefeitura realizadas entre 2017 e 2024 que ganharam reconhecimento internacional – como os prêmios de Cidade Mais Inteligente do Mundo, da Fira Barcelona; o de Comunidade Mais Inteligente do Mundo, pelo ICF; e o de Cidade Centrada nas Pessoas, pelo governo da Coreia do Sul – e, principalmente, contribuíram para melhorar o dia a dia dos curitibanos.
Ações inovadoras
Entre elas, destacou o próprio Paiol Digital, evento de encontro do ecossistema de inovação de Curitiba, o Vale do Pinhão, para debater empreendedorismo, inovação e novas tecnologias.
Também lembrou a transformação digital na Prefeitura, que levou a cidade para a palma da mão do cidadão, em aplicativos como o Curitiba App e o Central 156, para solicitação de serviços online, e o Aplicativo Saúde Já, que foi precursor da Central Saúde Já, que realiza atendimentos médicos e de enfermagem por videoconsulta.
Ressaltou avanços na legislação da cidade, como a criação do Sandbox Regulatório, que permitiu a parceria com a Atech para testes de delivery por drone na cidade; a criação dos 33 Faróis do Saber e Inovação e dos Faróis Móveis; a Muralha Digital, levando a tecnologia para a Segurança Pública; o PlanClima, compromisso de Curitiba em reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera; a Pirâmide Solar de Curitiba; a ampliação do número de parques e áreas verdes na cidade; a criação da Reserva Hídrica do Futuro; as propostas inovadoras de Segurança Alimentar, como os Mesas Solitárias, a Fazenda e as Hortas Urbanas, o Banco de Alimentos; e realização do projeto do Novo Inter 2, pensando a mobilidade urbana da cidade no futuro.
Em 2017, Rafael Greca criou o Vale do Pinhão, integrando os atores do ecossistema de inovação curitibano já existente e, por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento, criou e reativou políticas públicas voltadas ao fomento de startups, empresas de base tecnológica, turismo inteligente, empreendedorismo e empregabilidade.
IA na Saúde
Além do prefeito, o público ouviu o médico cardiologista João Vítola, diretor geral da Quanta Diagnóstico e Terapia sobre os avanços da Inteligência Artificial (IA) na Saúde e os cuidados para a longevidade da população.
“Considerando que teremos uma população cada vez mais idosa, precisamos prover a população de uma saúde pública e privada de qualidade, de acesso e cuidado. Temos hoje a tecnologia a nosso favor, pensando nos registros e cruzamentos de dados, de colocar a inteligência artificial como profissional adicional, para fazer a leitura desses dados e traçar predições”, disse Vítola. Ele é reconhecido internacionalmente pela sua contribuição para o desenvolvimento tecnológico do diagnóstico por imagem na área de Cardiologia e sua atuação no combate da mortalidade por doenças cardíacas em todo o mundo.
Distrito Inteligente em Curitiba
A consultora de Inovação e Transformação Digital e ex-presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi, e o sócio e diretor da incorporadora AGL, Luiz Antoniutti, contaram como surgiu o primeiro empreendimento privado do Vale do Pinhão, o Verse360.
Voltado à transformação do bairro Rebouças, de antigo polo industrial a distrito inteligente e de inovação em Curitiba, está em fase de construção e será vizinho do Pinhão Hub.
“O Rebouças, como primeiro centro industrial de Curitiba, é uma área de grandes construções e baixa população. Assim como era o Distrito 22@, em Barcelona, há 20 anos, que se tornou celeiro de inovação da capital catalã. Queremos aproveitar a legislação de zoneamento de Curitiba, que permite construirmos edificações mistas, para termos, em um empreendimento de localização estratégica, moradia estudantil e executiva, espaços de negócios para startups e empresas ligadas à pesquisa e inovação, salas para aulas e eventos corporativos, auditórios e praça para apresentações artísticas e encontros culturais”, disse Antoniutti.
Mais pinhão no Vale
O palco do Teatro Paiol também trouxe a experiência de sucesso para a preservação das araucárias e geração de renda para pequenos produtores. O prefeito de Bituruna, Rodrigo Rossoni, apresentou o projeto Força das Araucárias, uma parceria do município com a Embrapa, que incentiva a preservação ambiental e a economia com o plantio da espécie.
“Estamos fazendo a clonagem de pinheiros, para a produção de uma espécie mais forte, mais produtiva e que começa a produzir em menos tempo e que são cuidadas por 100 famílias de alta vulnerabilidade. As árvores começam a produzir aos 4 anos de vida e seus cuidadores poderão comercializar o pinhão”, explicou Rossoni.
Assim, essas famílias se tornam pequenos produtores e têm a árvore símbolo do Paraná como um ativo econômico, não como um problema no meio da propriedade.